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quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Pesquisa indica aumento da auto-estima negra
Pesquisa indica aumento da auto-estima negra
Jornal do Comércio RS - 21 de novembro de 2008.
Um estudo divulgado nesta quinta-feira, Dia da Consciência Negra, mostra um fenômeno interessante: o "escurecimento da população brasileira" nos últimos dez anos. Na verdade, a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela mudanças na maneira de pensar das pessoas - e não elementos de cunho demográfico. O que estaria ocorrendo, conforme o Ipea, não é que o Brasil esteja se tornando uma nação de negros, mas está se assumindo como tal.
De acordo com a publicação Desigualdades Raciais, Racismo e Políticas Públicas 120 anos após a Abolição, até o início dos anos 1990, a população negra vinha aumentando de modo "relativamente lento e vegetativo". Isso acontecia por meio de uma taxa de fecundidade um pouco mais alta para pretos e pardos - além do fato de que descendentes de casais de negros e brancos têm maior probabilidade de gerar filhos pardos.
Mas em algum momento entre 1996 e 2001 isso começou a mudar e os brasileiros passaram a se ver de outra maneira, analisa o Ipea. Durante este período, as pessoas mostraram ter menos vergonha de se identificar como negras e deixam de se "branquear" para se legitimar socialmente. "Essa mudança é um processo surpreendentemente linear e, ao que tudo indica, ainda não terminou", diz a pesquisa.
Outro estudo aponta a mesma direção. De acordo com o relatório anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 1995 e 2006, o peso relativo da população autodeclarada parda ou preta subiu de 45% para 49,5%. Isso pode sinalizar que os negros cheguem a ser maioria do povo brasileiro nos próximos anos.
O antropólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB) José Jorge de Carvalho defende que esta evolução no percentual demonstra um aumento também na auto-estima desse segmento da população.
Para Carvalho, a mudança, tanto nos números quanto na auto-estima de pretos e pardos, se dá por uma série de fatores. O principal, na opinião dele, é o aumento do debate sobre a questão racial no Brasil e a adoção de políticas públicas de valorização desse segmento.
Outro fator é o fortalecimento do movimento negro e também o surgimento de personalidades negras em diversos setores da sociedade. "O que eu posso ser? Tudo o que estou vendo é que fui escravo, mas agora posso ser algo diferente. Talvez eu possa ser presidente, ministro do Supremo Tribunal Federal, um corredor da Fórmula 1", exemplifica a estudante de História na UnB Luiana Maia, referindo-se a Barack Obama, recém-eleito presidente dos EUA; a Joaquim Barbosa, ministro do STF, e a Lewis Hamilton, campeão mundial de Fórmula 1.
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